A colaboração científica entre Pernambuco e a União Europeia (UE) foi discutida durante o Seminário de Cooperação em Ciência e Tecnologia União Europeia–Pernambuco, realizado nesta sexta-feira (22). O evento, uma iniciativa da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), do Escritório Regional para a Região Nordeste do Ministério das Relações Exteriores (ERENE/MRE) e da Delegação da União Europeia no Brasil, reuniu as principais agências de fomento científico e instituições de ensino locais.

Representando a UFRPE no painel sobre "Mobilidade em Pesquisa", o Diretor do Núcleo de Internacionalização (NINTER) do Instituto Ipê, Prof. Rodrigo Carmo, propôs entender e valorizar as dinâmicas de língua e de mobilidades estudantil, docente e técnica por meio de editais próprios entre os países signatários desses acordos e as universidades. “Temos modelos muito importantes que financiam os processos de mobilidade acadêmica aqui, como a CAPES, o CNPq e a FACEPE”, disse.

Assim, para superar desafios e criar um fluxo equilibrado entre os pesquisadores de Pernambuco e da Europa, “é importante que a União Europeia financie a vinda de seus pesquisadores, assim como o Brasil faz quando envia os nossos para programas como o doutorado sanduíche". Criar condições atrativas para receber pesquisadores e estudantes europeus, fortalecendo nossos programas de pós-graduação e ecossistemas de inovação, foi um consenso entre os debatedores, que incluiu também a UFPE e a UPE.

A proposta de criação de editais de cofinanciamento bilateral e multilateral, nos quais tanto o Brasil - por meio do MRE, agências de fomento e diretorias de relações internacionais das universidades -, quanto a União Europeia invistam recursos conjuntamente, criaria uma via de mão dupla mais efetiva, não apenas para enviar estudantes e pesquisadores para a Europa, aproveitando programas como o CAPES Global, mas também para atrair talentos europeus para o Brasil. E foi recebida como fundamental para mover a cooperação do campo da mobilidade pontual para o de parcerias estratégicas duradouras. 

Na discussão moderada por Charlotte Grawitz, da EURAXESS - EU, vista como uma "mesa de negociação futura", abriu-se o caminho para que as propostas evoluam para acordos e editais práticos. Ao final, o avanço da cooperação internacional passa pela construção de parcerias mais simétricas e pelo compromisso mútuo em financiar a mobilidade do conhecimento. A Rede NINTER-PE colocou-se, neste cenário, como instrumento inovador de ampliação das ações que buscam caminhos mais assertivos para a internacionalização da ciência produzida no estado e um posicionamento estratégico de Pernambuco nas agendas geopolíticas globais.

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